RPR News | Coluna Enfoque | Release do Evento de Lançamento da 5ª Edição do Anuário do Petróleo da Firjan

Na última semana a Firjan realizou três dias seguidos de webinares para marcar o lançamento da 5ª edição do seu anuário de petróleo no Rio, nos dias 22, 23 e 24 de setembro. Os eventos contaram com a presença de diversos profissionais de instituições da indústria de petróleo, gás e energia, e foi tomado por forte otimismo acerca do futuro da indústria brasileira, novidades na área de produção e exploração no Estado do Rio e grandes iniciativas e projetos de investimento em combustíveis e derivados do petróleo. No dia 22 o tema abordado foi o Lançamento do Anuário, no dia 23 foi o Circuito Brasil de Óleo e Gás e no último dia o foco foi o abastecimento.

No primeiro dia o evento contou, entre os participantes, com José Mauro Ferreira Coelho, secretário de petróleo, gás natural e biocombustíveis do MME; Clarissa Lins, presidente do IBP; Raphael Moura, diretor geral interino da ANP; Claudia Rabello, subsecretária de óleo, gás e energia do Estado do Rio de Janeiro; e Heloisa Esteves, diretora de estudos de petróleo, gás e biocombustível da EPE.

O evento teve a mediação de Karine Fragoso, gerente do Conselho de petróleo, gás e naval da Firjan e foi introduzido pelo Presidente da instituição, Eduardo Eugenio Gouveia Vieira e pelo Presidente do Conselho e da Total E&P do Brasil, Philippe Blanchard.

Os principais temas abordados foram: a importância do anuário, de seus dados e informações para a indústria do setor; o protagonismo do Estado do Rio de Janeiro na área de negócios relacionados ao petróleo, energia e gás natural; e a resiliência do setor perante a maior crise da saúde dos últimos tempos, a COVID 19, que também afetou significativamente a economia do país de maneira geral.

Em relação à COVID-19 e a crise acarretada por ela, José Mauro Ferreira Coelho destacou o grande trabalho realizado pelo governo federal, em conjunto com órgãos governamentais e agentes privados, o que fez com que a produção se mantivesse durante toda a crise e que em nenhum momento tivéssemos uma ameaça de problemas com relação ao abastecimento, o que demonstra uma forte estabilidade e resiliência do setor.

Foi ratificado, ao logo do evento, diversas vezes, o protagonismo do Estado do Rio de Janeiro na produção de petróleo e gás natural. Com 80% das reservas de petróleo e 65% das reservas de gás do país, o Estado produz 80% do petróleo brasileiro. Clarissa Lins, do IBP, reforçou a posição de destaque do Rio de Janeiro e expressou otimismo sobre o desenvolvimento da indústria nos próximos anos, com a esperança da retomada da geração de empregos em 2022 e que o Brasil atinja a marca de 5º maior exportador de petróleo do mundo nos próximos 10 anos.

Raphael Moura, da ANP, enfatizou em sua fala a forte competitividade da indústria e sua capacidade de atrair investimentos nos próximos anos, as oportunidades em campos maduros e o plano de desinvestimento da Petrobras.

Claudia Rabello citou a importância não só da energia fóssil, mas também, de uma expansão de energias renováveis.  A secretaria estadual admitiu a necessidade de um planejamento energético próprio, para um maior aproveitamento das oportunidades.

O anuário, assunto de destaque do evento, foi muito elogiado e sua importância foi, várias vezes, ressaltada. Heloisa Esteves da EPE destacou o último capítulo, ressaltando que o anuário é um instrumento importante na tomada de decisões eficientes pelas empresas.

O segundo dia de eventos (23/09) trouxe o tema “circuito Brasil de Óleo e Gás” com foco no Estado do Rio de Janeiro. Os participantes presentes foram: Anabol Santos, secretário executivo da ABPIP; Marcio Felix, Vice-presidente Executivo da ONIP; Roberto Furian Ardenghy, Diretor executivo de Relacionamento Institucional na Petrobras; Leonardo Caldas, Diretor de  Relações Institucionais na Perenco do Brasil, e Beatriz Souto, Legal Counsel da BW. A mediação foi, novamente, de Karine Fragoso.

Marcio Felix, da ONIP, apresentou o evento falando do tema central: o Rio de Janeiro, em destaque os investimentos de capital estrangeiro, o processo de transformação dos campos maduros e offshore, e, novamente, a nova configuração de mercado após a crise da pandemia da COVID 19.

Leonardo Caldas, da Perenco, ratificou a resiliência como uma característica forte desta indústria refletido na recuperação dos preços e mencionou a importância de se abordar a Bacia de Campos. Outro assunto comentado por ele, foi a criação do REMAR, atrelado à ideia de desenvolver os investimentos em ativos offshore, um programa que vem crescendo muito, buscando um espaço de olhar especifico às áreas de campos maduros e marginais.

Roberto Furian Ardenghy, da Petrobras, mencionou a dependência profunda entre a companhia e o Estado do Rio e citou duas características determinantes para essa cooperação: a geologia e a tecnologia. Enalteceu o Rio de Janeiro como centro de pesquisa e protagonista no âmbito tecnológico.

Beatriz Souto ressaltou, em sua fala, a relevância do ambiente jurídico e regulatório sofisticado, sólido e seguro existente no Brasil devido à nossa segurança jurídica e órgãos qualificados. Destacou também, que é importante o mercado brasileiro se desenvolver cada vez mais para atrair o investimento estrangeiro e fomentar o desenvolvimento da área dos campos maduros e marginais. E também mencionou a valorização do pós-sal.

O terceiro e último dia de eventos focou no cenário de abastecimento, contando com a presença do MME, EPE e Oil Group. O evento teve a mediação de Fernando Montera, Especialista de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

Quem abriu o evento foi a Diretora do Departamento de combustíveis derivados do petróleo do Ministério de Minas e Energia, Marisa Barros, que introduziu o tema principal da palestra: as refinarias de petróleo de pequeno porte. Contou um pouco sobre o que vem sendo feito desde 2017 e mencionou medidas tomadas pelo governo e pela CNPE. Ressaltou as diretrizes estabelecidas pela CNPE para fomentar o desenvolvimento do mercado de combustíveis, falou do contexto de perspectiva de crescimento na produção de petróleo, das pesquisas da EPE, da iniciativa da Petrobras de focar em investimentos na área de exploração e produção e também do cenário Downstream. A Diretora falou de como as refinarias de pequeno porte podem desenvolver o crescimento regional e destacou a importância da revitalização das atividades de exploração e produção nas áreas terrestres como oportunidade de investimento Onshore.

O evento seguiu com Heloisa Esteves, Diretora de petróleo, gás e biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética que fez uma apresentação sobre o mercado de combustíveis e expôs o panorama desse segmento no cenário do petróleo. Heloisa apresentou um plano decenal de expansão de energia feito pela EPE, expondo dados e informações sobre como aproveitar as oportunidades dos próximos 10 anos. Foi mencionado em sua fala, o processo de desinvestimento de refinarias por parte da Petrobras gerando atração e competição nessa área da indústria. E também citou projetos anunciados de refinarias de pequeno porte e as vantagens competitivas destas no Rio de Janeiro.

Gustavo Zumel, Managing Director – Corporate Development e Investor Relations da Oil Group Brasil e Luiz Otávio Massa, Diretor de Projetos de Downstream da Oil Group Brasil, realizaram uma apresentação sobre as Refinarias Modulares no Brasil e o plano de estabelecimento da Refinaria do Porto do Açu. Zumel apresentou uma introdução sobre a Oil Group, ressaltou seu programa de Downstream e expôs brevemente uma comparação entre as grandes refinarias e as refinarias modulares. Luiz Otavio Massa falou sobre a estruturação da primeira refinaria modular do Brasil no Porto do Açu, contando um pouco sobre o processo realizado pela empresa para montar uma estratégia que fosse capaz de responder aos riscos desse projeto. Salientou, ainda, os motivos pelos quais o Porto se apresentou como uma escolha óbvia: sua estrutura, mão de obra disponível, o pré licenciamento ambiental, entre outros fatores.

Ao longo dos três dias de evento os convidados elogiaram a transparência dos dados apresentados no Anuário da Firjan e sua importância para o setor. Muito otimismo foi exalado por todos os participantes para com o futuro do Brasil no cenário mundial da indústria do petróleo, gás e energia. “Pessimismo não está no meu DNA” disse Anabal Santos, no segundo dia de palestra.